As entidades integrantes do Conselho de Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (COMDES) reforçaram o discurso da necessidade de planejamento para proporcionar melhorias para a região metropolitana no encontro de setembro realizado nesta sexta-feira, dia 25. A reunião, presidida pelo Eng. Celso Ternes Leal, teve como foco a insegurança enfrentada por investidores na capital de Santa Catarina ocasionada pela organização desordenada da gestão pública.
Com a presença da arquiteta Dora Orth, representando o coordenador do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana Adriano Ribeiro, e do Deputado Estadual Mário Marcondes, a reunião discutiu ainda o andamento das obras da Alça do Contorno da BR-101 e a participação das entidades integrantes do COMDES no Comitê de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Coderf).
Segurança de planejamento
O assunto principal da reunião foram os problemas enfrentados por empresários para investir na Região Metropolitana, especialmente em Florianópolis. Desde pequenos empreendimentos até os grandes investimentos passam para conseguir autorização da gestão pública. O presidente Celso Leal explicou a relevância do COMDES em se manter ativo nesta questão: “O objetivo maior do conselho é o desenvolvimento da Região Metropolitana, assim defendemos empreendimentos que tragam melhoras para a cidade. Precisamos discutir a insegurança dos empreendedores que conseguem autorização, mas depois não podem desenvolver seus projetos”, explicou.
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Biguaçu (Acibig), Sandra Molinaro, afirmou que o problema não acontece apenas em Florianópolis e exemplificou casos de empresários que deixam de investir em Biguaçu porque os trâmites burocráticos deixam os investidores inseguros.
Para o engenheiro José Latrônico, representante do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina (Senge), o problema vai ainda mais além da lentidão. O engenheiro defende que as decisões da gestão pública devem ser realizadas pensadas em uma totalidade. “A orla da Beira Mar Norte, por exemplo, deve ser pensada em um todo”, argumenta. A posição também é defendida por Sandra Pires, do CRECI-SC, ao afirmar que Florianópolis não é planejada e isto traz prejuízos. “Faz-se maquiagem, mas não se resolve a identidade da cidade, não temos condições de receber os empreendedores desta maneira”, afirmou.
COMDES em ação
O COMDES redigirá uma carta expondo a preocupação do conselho com a dificuldade em empreender em Florianópolis, tendo como exemplo o empreendimento do Hotel da Ponta do Coral, que de acordo com Professor Roberto Oliveira é a ponta de um iceberg, demonstrando que vários empreendimentos deixam de trazer benefícios para a cidade, como arrecadação de renda e geração de empregos.
Decisões importantes foram tomadas na reunião de setembro do COMDES, que se posicionará através de carta à Prefeitura de Florianópolis sobre a necessidade defender uma política de planejamento e necessidade da segurança para o empreendedor. No encontro ainda foi proposto a criação de um Grupo de Trabalho que será responsável para elencar obras prioritárias para o desenvolvimento da Grande Florianópolis, que será desenvolvido a partir deste mês e coordenado por Luciano Formighier, da Auresc.
Participação ativa no Coderf
O coordenador do GT de Governança Metropolitana, o advogado Antônio Arruda, trouxe como pauta os acontecimentos no Comitê de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Coderf), que conta com a participação de várias entidades que também integram o COMDES, ponto elogiado por Arruda. “A primeira batalha de conseguimos no Coderf foi a participação da sociedade civil nas discussões sobre a Região Metropolitana”, afirma.
De acordo com Antônio, o Coderf, presidido por Lanes Randal Prates Marques, tem sido bastante propositivo, trazendo debates para desenvolvimento da região metropolitana. Para ele uma das tarefas das entidades que participam do comitê será contribuir com estudos técnicos, além de proporcionar a união dos municípios integrantes da Região Metropolitana, que atualmente não tem comunicação tão ativa, “temos que requerer corpo técnico perene das prefeituras para que possam trazer as contribuições de seus municípios”, explica. Antônio Arruda finalizou a apresentação convidando todos a participarem das reuniões do Coderf, que são abertas ao público.
Visita às obras da Alça do Contorno
Na reunião foi anunciada aindaa um visita técnica às obras da Alça Contorno em Florianópolis. A visita é organizada pelo Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana, coordenado por Adriano Ribeiro, e acontecerá no dia 7 de outubro, às 8h30. As entidades interessadas em participar da visita devem entrar em contato com o coordenador através do email adrianocribeiro@hotmail.com
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